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Com apoio da Fapeam e coordenada por pesquisadores do Inpa, iniciativa investiga cientificamente a RDS do Rio Negro

A construção de trilhas ecológicas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro (RDS Rio Negro) está permitindo o acesso a informações da biodiversidade local, a coleta de material da fauna e flora, e o levantamento de dados de uma das regiões da Amazônia mais desconhecidas cientificamente no estado. As ações integram o projeto “Biodiversidade e Turismos na RDS Rio Negro” apoiado pelo Governo do Amazonas, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

De acordo com o coordenador do estudo, o doutor em Ciências Biológicas, William Magnusson, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o projeto monitora diversos pontos e regiões da RDS.

O projeto, em andamento, já proporcionou a realização de um minicurso sobre turismo ecológico voltado para as comunidades que cercam a reserva, permitindo assim a capacitação dos participantes. Além disso, foram produzidos dois livretos, nos formatos impresso e digital, sobre a fauna das aves e dos sapos da região, para serem utilizados por guias turísticos e estudantes.

Ainda de acordo com o pesquisador, mais dois livros com dados científicos coletados pelo projeto estão em fase de produção. As obras são sobre cobras venenosas que habitam a região e processos ecológicos em florestas de areia branca, como é o caso da RDS do Rio Negro.

Equipe interdisciplinar
Ao todo, 16 pesquisadores, incluindo especialistas em aves, morcegos, borboletas, formigas e sapos, integram o projeto. Os colaboradores da pesquisa são vinculados ao Inpa, à Universidade Federal do Amazonas (Ufam), à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e à Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

O projeto foi iniciado em janeiro de 2022, e a previsão de conclusão é em julho de 2023.

RDS do Rio Negro
Criada em 2008, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro tem área total de 103.086 hectares. A Unidade de Conservação está localizada no estado do Amazonas, e abrange os municípios de Manacapuru, Iranduba e Novo Airão, sendo constituída em sua totalidade por vegetação de floresta Ombrófila Densa.

Programa
A pesquisa recebe apoio da Fapeam via Programa Biodiversa/Fapeam: CT&I para Ambiência e Biodiversidade no Estado do Amazonas, Edital nº 007/2021.

O programa apoia propostas de pesquisa científica, tecnológica e/ou de inovação, ou de transferência tecnológica, coordenadas por pesquisadores residentes no estado do Amazonas, vinculados às instituições de pesquisa ou ensino superior ou centros de pesquisa de natureza pública ou privada sem fins lucrativos.

São atendidos projetos voltados para caracterização, conservação, restauração, uso sustentável do meio ambiente e exploração sustentável da diversidade amazônica, com vistas à produção de conhecimentos que contribuam para o enfrentamento dos problemas ambientais amazônicos e subsidiem a formulação de políticas públicas de conservação ambiental no Amazonas.

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