Viveiro de mudas de café da Fazenda Piracema conta com 8 clones de alta produtividade da espécie Coffe Canéfora
O Diretor Presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas (IDAM), Daniel Borges, visitou nesta quarta-feira (28/12), no município de Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros de Manaus), a Fazenda Piracema, primeiro viveiro de mudas de café, investimento da família Lavaredo para a implantação de uma nova cultura na região.
“O setor primário do Amazonas está num momento muito bom porque nunca recebeu tanto investimento do poder público. Nesse sentido, nós do Idam, estamos com todos nossos extensionistas empenhados para os projetos prioritários de produtos como o café que, com certeza, vai gerar riqueza para quem produzir”, afirma Borges.
O viveiro de mudas de café da Fazenda Piracema, que já possui mais de 150 mil mudas, trabalha com 8 clones, de alta produtividade da espécie Coffe Canéfora (café Robustas Amazônico).
Os irmãos Felipe e Antônio Carlos Lavaredo administram a fazenda Piracema há 25 anos, atuando na olericultura (pimentão, alface, cheiro verde, macaxeira, batata doce entre outras atividades). Depois de alguns anos, observando a introdução do café no Amazonas, eles decidiram direcionar os trabalhos para a cultura cafeeira.
Há 4 meses, passaram a produzir mudas, depois de uma breve passagem por Rondônia (maior produtor da região). Investiram em um viveiro com tela sombrite (50% de luminosidade) que já conta 170 mil mudas (perda estimada em apenas 10%).
Em 2023, em janeiro, os irmãos irão implantar a lavoura de café, já visando a produção de grãos, que vai garantir economicamente a sustentabilidade do novo empreendimento, com mais de 30 novos postos de trabalho.
“Fizemos a migração pensando em uma maior produtividade por hectare, já que só podemos utilizar apenas 20% da terra. Quanto maior a produtividade nesse espaço, melhor, e o café nos oferece esse ganho otimizado”, enfatiza Felipe Lavaredo.
O Robustas Amazônico já tem o potencial de produção de mais de 100 sacas por hectare (100m x 100m), enquanto os demais tipos de café ficam em torno de 15 sacas.
“Além das mudas, que continuaremos produzindo, iremos plantar café em dois hectares para a produção dos grãos. Nossa intenção é aumentar nossos ganhos e fortalecer a cafeicultura em todo o nosso município. Isso sem falar nas dezenas de novos empregos que estamos gerando”, complementa Antônio Lavaredo.
O técnico responsável pela orientação dentro do viveiro Piracema é o engenheiro agrônomo André Castilho, da Unidade Local (UnLoc) da Vila de Balbina, do Idam .
“Em uma conversa informal há um ano, o Lavaredo decidiu investir na cafeicultura. Então fomos a Rondônia e adquirimos as primeiras estacas de café. Já podemos dizer que o empreendimento está sendo bem-sucedido, pois desse experimento já irão migrar para um o jardim clonal, que poderá fornecer até um milhão de brotos por ano, suficiente para suprir as necessidades do viveiro e para todos os produtores da região. Não será mais necessário ir a outro estado”, finalizou Castilhos.