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O Centro de Documentação e Memória do Boi-Bumbá Caprichoso (CEDEM Caprichoso) comemora seu terceiro aniversário em uma jornada repleta de esforços voltados para a preservação de um dos principais patrimônios imateriais do estado do Amazonas: o complexo dos Bois-Bumbás do médio Amazonas e Parintins. Reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como patrimônio imaterial brasileiro em 2018, essa trajetória tem sido marcada por desafios e conquistas.

O professor da Universidade do Estado do Amazonas, Diego Omar, idealizador e diretor do CEDEM, ressaltou que o último ano foi de intensos esforços para manter as ações de salvaguarda e preservação do patrimônio, especialmente diante dos desafios impostos pela pandemia. “É um cenário marcado pela retomada da valorização de nossos bens culturais, porém, ainda carente de políticas públicas e recursos destinados à memória e à história”, pontuou Omar.

Entre as iniciativas destacadas ao longo do ano, ressaltam-se a continuidade da Tarde Alegre Infantil Azul e Branca, a publicação de dois novos livros da coleção “Bumbás de Parintins – nosso patrimônio”, além do trabalho constante de expansão da coleta, organização e disponibilização das coleções. Diego Omar enfatizou a importância dessas ações, mencionando a reunião de mais de 200 camisas, algumas datando das décadas de 1980 e 1990, bem como a digitalização de croquis de alegorias e indumentárias, e a coleta de itens como revistas, fotografias e souvenires, todos representativos da história visual e artística do Caprichoso ao longo das décadas.

Um dos pontos altos desse período foi o lançamento do livro “Estrelas de um Centenário”, de Odinéa Andrade, uma obra que, embora escrita há mais de uma década, ganhou destaque ao embasar os argumentos do Festival de 2013, quando o Caprichoso celebrou seu centenário. Igualmente relevante foi o lançamento do livro “Rivalidade e Afeição”, de Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti, uma coletânea fundamental para compreender a riqueza e a complexidade das festas populares de Parintins.

O ápice do ano foi a conquista do 9º Prêmio ABEU 2023, que reconheceu o livro “Caprichoso: uma história em quadrinhos” como o melhor infanto-juvenil publicado por editoras universitárias do país. Um marco inédito, destacando o trabalho do CEDEM Caprichoso em parceria com a Editora da Universidade do Estado do Amazonas e o Estúdio Buriti: Artes e Quadrinhos de Parintins.

O presidente do Boi Caprichoso, Rossy Amoedo, expressou total apoio à gestão do CEDEM, reconhecendo sua importância para a nação azul e branca e para o Festival de Parintins. Ele ressaltou a necessidade de contar e divulgar essa história de luta e triunfo através da cultura, assegurando novos projetos para o Touro Negro de Parintins. “Estamos muito felizes com tudo o que tem sido feito e acreditamos que os projetos que temos encampado na área do patrimônio cultural são fundamentais para motivar nossos torcedores. Nossa história é linda, é a história de uma gente de luta e triunfa através de cultura. Por isso é uma história que precisa ser contada, divulgada. Estou certo de que faremos muita coisa juntos pelo nosso amado boi negro de Parintins”, disse o presidente.

Aqueles interessados em apoiar as iniciativas do CEDEM Caprichoso ou que desejam conhecer mais profundamente a história da associação podem entrar em contato por meio das redes sociais ou visitar o Centro de Documentação e Memória localizado em Parintins, no Complexo Cultural Zeca Xibelão.

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