Um Olhar Inovador sobre o Câncer de Próstata: A Missão da FCecon
A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), em colaboração com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), se lança em uma missão audaciosa: implementar uma estratégia de vigilância ativa em 50 pacientes diagnosticados com câncer de próstata. Esta abordagem, amplamente aceita em nações desenvolvidas, poderá significar uma redução significativa em tratamentos radicais e seus efeitos colaterais.
O projeto, denominado “Avaliação de um protocolo assistencial de vigilância ativa para câncer de próstata no SUS”, é uma parceria com o Ministério da Saúde através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). Este empreendimento busca impactar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) e tem a coordenação nacional a cargo do prestigiado Hospital Moinhos de Vento (RS).
Um Investimento no Futuro da Saúde Brasileira
Com um orçamento robusto de R$ 4.260.823,62, o estudo, que tem duração prevista de um ano, é coordenado na FCecon pela renomada pesquisadora Valquíria Martins, junto ao experiente médico urologista Giuseppe Figliuolo.
Para Martins, esta é uma oportunidade sem precedentes. A estratégia de vigilância ativa para pacientes com diagnóstico de câncer de próstata de baixo risco ainda é um território inexplorado no Brasil. Entretanto, os dados internacionais são promissores, indicando não apenas a economia em recursos, mas também a prevenção de efeitos colaterais indesejados, como incontinência urinária e disfunção erétil.
A Visão do Especialista
Figliuolo enfatiza que uma parte significativa dos pacientes com câncer de próstata localizado pode não precisar de cirurgia ou radioterapia imediatas. O projeto ambiciona, entre outros objetivos, reduzir em até 50% o número de prostatectomias, proporcionar uma análise de custo-benefício em relação aos procedimentos tradicionais e capacitar profissionais em todo o país.
Com essa iniciativa, a FCecon não apenas busca aprimorar o atendimento ao câncer de próstata, mas também criar um legado que servirá como referência para a saúde pública brasileira.
Foto: Luís Mansueto/FCecon