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A professora Gyane Karol Santana Leal, do Centro de Estudos Superiores de Parintins (CESP) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), defende, nesta sexta-feira (14/04), a tese de doutorado com o tema “A infância ribeirinha no Amazonas: o remanso da travessia na vida e na escola da Comunidade Nossa Senhora de Nazaré, em Parintins”, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O estudo é orientado pela Prof.ª Dra. Luciane Maria Schlindwein e investiga a infância no Norte do Brasil, especificamente as condições de vida da criança ribeirinha do município de Parintins, Amazonas.

“No decorrer das imersões no campo a bordo do transporte escolar fluvial, uma pequena bajara, vivenciamos um pouco da rotina diária daqueles sujeitos, bem como os desafios e as adversidades que se traduziam em força para a professora e os estudantes não desistirem da educação. As aulas eram sempre cheias de novidades, atividades e jogos confeccionados a partir de materiais reciclados e retirados da natureza. Naquele espaço simples em meio a floresta amazônica, era possível vislumbrar a alegria contagiante das crianças e o seu apego àquele espaço, e às pessoas que interagiam ali. Aprender para a vida por meio da vida é a uma importante forma de aprendizagem. No entanto, também nos leva a reflexão sobre as condições concretas de vida, aquém das políticas públicas e legislações educacionais vigentes”, destacou a professora Gyane Karol.

Como síntese do estudo, os achados sobre a comunidade investigada, é de que corram e cheguem, como no curso de um rio, aos governantes e formuladores de políticas públicas. “Sinalizamos a necessidade de um compromisso social com os povos amazônicos, com as crianças e infância da região da Amazônia, que a cultura e vivências dos povos tradicionais da Amazônia sejam valorizados, que o direito constitucional à educação seja garantido às crianças que lá habitam, vivem, se humanizam, e que esses direitos lhes permitam gozar de uma vida digna com oportunidades de acesso à educação e aos bens culturais produzidos pela humanidade assim como qualquer criança brasileira”, finalizou a professora Gyane Karol.

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